terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Resposta de um desembargador para a esquerda caviar.

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Rogério Medeiros Garcia de Lima
"Direitos humanos: Tenho uma sugestão ao professor Paulo Sérgio Pinheiro, ao jornalista Janio de Freitas, à ministra Maria do Rosário e a outros tantos admiráveis defensores dos direitos humanos no Brasil. Criemos o programa social "Adote um Preso". Cada cidadão aderente levaria para casa um preso carente de direitos humanos. Os benfeitores ficariam de bem com suas consciências e ajudariam, filantropicamente, a solucionar o problema carcerário do país. Sem desconto no Imposto de Renda. "ROGÉRIO MEDEIROS GARCIA DE LIMA, desembargador (Belo Horizonte, MG)" - Folha de São Paulo, 10 de janeiro de 2014, Painel do Leitor.

A Folha de S. Paulo publicou carta minha, onde ironizo os "baluartes" dos direitos humanos. Agora, com o morticínio de presos no Maranhão, jornalistas e intelectuais "engajados" escrevem e opinam copiosamente sobre a questão carcerária e os direitos fundamentais. São como urubus, não podem ver uma carniça.

Quando eu era juiz da infância e juventude em Montes Claros, norte de Minas Gerais, em 1993, não havia instituição adequada para acolher menores infratores. Havia uma quadrilha de três adolescentes praticando reiterados assaltos. A polícia prendia, eu tinha de soltá-los. Depois da enésima reincidência, valendo-me de um precedente do Superior Tribunal de Justiça, determinei o recolhimento dos "pequenos" assaltantes à cadeia pública, em cela separada dos presos maiores.

Recebi a visita de uma comitiva de defensores dos direitos humanos (por coincidência, três militantes). Exigiam que eu liberasse os menores. Neguei. Ameaçaram denunciar-me à imprensa nacional, à corregedoria de justiça e até à ONU. Eu retruquei para não irem tão longe, tinha solução. Chamei o escrivão e ordenei a lavratura de três termos de guarda: cada qual levaria um dos menores preso para casa, com toda a responsabilidade delegada pelo juiz.

Pernas para que te quero! Mal se despediram e saíram correndo do fórum. Não me denunciaram a entidade alguma, não ficaram com os menores, não me "honraram" mais com suas visitas e ... os menores ficaram presos.
É assim que funciona a "esquerda caviar".


Rogério Medeiros Garcia de Lima é Desembargador.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

  •  Ao Excelentíssimo Procurador-Geral da República
  • Doutor Rodrigo Janot Monteiro de Barros
  • Referência: Inquérito Policial 1114/2014 DPF Curitiba – Operação Força-Tarefa Lava-Jato
  • Denúncia crime no setor petroquímico brasileiro
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  • Auro Gorentzvaig, brasileiro, empresário, portador do RG 11.620.589-1 SSP-SP e do CPF 033.972.698-90, residente e domiciliado  na Rua Jaime Costa, 360, Vila Andrade, São Paulo, SP CEP 05692-140, vem por meio desta apresentar denúncia contra: Dilma Vana 
  • Rousseff, presidente da República Federativa do Brasil; Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente da República; José Sérgio Gabrielli de Azevedo, ex-presidente da Petrobras; Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento e Petroquímica da Petrobras, pelo fato 
  • relevante que segue:
  • 1 – A reunião
  • Em 26 de Fevereiro de 2009, às 16h30, na sede do Centro Cultural do Banco do Brasil, em Brasília, onde à época funcionava o gabinete da Presidência da República do Brasil, participei de reunião marcada pelo prefeito de São Bernardo do Campo (SP), Luiz Marinho, com o então presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva; o então ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, o então diretor de Abastecimento e Petroquímica da Petrobras, Paulo Roberto Costa, e o presidente da Petrobras Química SA (Petroquisa) José Lima.
  • A reunião foi solicitada por Auro Gorentzvaig, conselheiro e acionista da Petroquímica Triunfo, sociedade entre a Petrobras e a Petroplastic no Rio Grande do Sul. Na referida reunião, disse o presidente da República que tinha ganhado todas as ações judiciais contra a Petrobras e que de tal modo havia se esgotado toda a discussão sobre a Petroquímica Triunfo e, portanto, a estatal deveria respeitar tanto o acordo de acionistas quanto as decisões do Poder Judiciário. Ao que o então presidente Lula respondeu, após, em um gesto de informalidade, colocar a mão sobre a minha perna: “...O Poder Judiciário não vale nada, o que vale é a relação entre as pessoas...”.
  • Em claro jogo de cena e farsa, o Presidente da República pediu a Paulo Roberto Costa que fosse nomeado um juiz arbitral para tentar dirimir o impasse e a minha consequente recondução ao Conselho de Administração da Petroquímica Triunfo de imediato.
  • Paulo Roberto Costa disse:“...Presidente, sua ordem é uma determinação...”.Confirmando o jogo de cena, quarenta dias depois fomos expropriados à sombra de uma operação de incorporação, na totalidade das ações da Petroquímica Triunfo, as quais foram repas-
  • sadas para a Braskem, empresa do grupo Odebrecht, em total e flagrante desrespeito aos direitos da acionista Petroplastic: direito de preferência, direito adquirido e o Programa Nacional de Desestatização do Governo Federal, sendo que a Petrobras está qualificada como sócia promotora da iniciativa privada brasileira e fomentadora do desenvolvimento permanente da companhia.
  • 2 – Quem estava por trás de Paulo Roberto Costa:
  • A decisão de falar pessoalmente com o presidente da República se deu pelo fato de que todas as decisões do setor petroquímico no País passam pelo gabinete presidencial. Todos os empresários do setor, incluindo eu, sabiam que Paulo Roberto Costa funcionava como operador de Lula dentro da Petrobras. Meses antes, Paulo Roberto Costa, hoje um dos réus nos processos decorrentes da Operação Lava-Jato, que apura desvios na Petrobras, comandou reunião na sede da Petrobras, no Rio de Janeiro, com a presença de Boris Gorentzvaig, Caio Gorentzvaig e Auro Gorentzvaig, representantes da Petroplastic. Na ocasião, Paulo Roberto Costa, diretor da área de petroquímica nos infor-
  • mou: “...No setor Petroquímico já estava definido que só empresas atuariam no setor: uma era a Odebrecht, a outra será definida”. 
  • Ao que perguntei : “E a Petroquímica Triunfo?” Ele respondeu: “...A Triunfo será eliminada, conforme as diretrizes estabelecidas pelo presidente da República”. A saída, então, foi conversar com quem de fato dava as ordens a Paulo Roberto Costa: o então presidente Lula.
  • 3 – Oferta pelas ações da Petrobras
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  • Em audiência de conciliação na Justiça Estadual do Rio Grande do Sul, a Petrobras pediu R$ 355 milhões pela sua parte na Petroquímica Triunfo. 
  • Em juízo, a Petroplastic concordou em pagar (oferta vinculante) o valor pleiteado pela petroleira nacional. A Petrobras recuou em sua decisão e, oito meses após a audiência de conciliação, repassou de maneira ilegal 100% das ações da Petroquímica Triunfo, transação avaliada em R$ 117 milhões. Ou seja, recusou R$ 355 milhões em dinheiro à vista, por 85% do capital social da empresa, operação que causou prejuízo de R$ 305 milhões à Petrobras, aos cofres públicos e ao Tesouro Nacional, um claro crime de lesa pátria em benefício da Braskem, do Grupo Odebrecht.
  • Os participantes da transação são: Paulo Roberto Costa, Dilma Vana Rousseff, José Sérgio Gabrielli de Azevedo e Luiz Inácio Lula da Silva.
  • No mesmo período, como demonstrou a Operação Lava-Jato, da Polícia Federal, coincidentemente Paulo Roberto Costa recebeu US$ 23 milhões de propina em bancos na Suíça. O pagamento foi feito pela Odebrecht, sendo o diretor de plantas industriais da empresa o senhor Rogério Santos  de Araújo.
  • 4 – Compra de Petroquímicas pela Petrobras:
  • Durante anos fomos convidados a fazer parte de um esquema criminoso que funcionava na Petrobras. Acionistas das empresas recebiam, inclusive, os dividendos em pagamentos por fora.
  • Por rechaçar a oferta ilegal, fomos sistematicamente atacados pela presidência da Petrobras, através de José Sérgio Gabrielli de Azevedo, pelo diretor Paulo Roberto Costa, pelo Conselho de Administração, sob o comando de Dilma Vana Rousseff. Todos faziam questão de ressaltar que tinham costas quentes: o então presidente Lula. Quem aceitou fazer parte do jogo de corrupção, agora comprovado pela Operação Lava-Jato, recebeu aportes bilionários. O Grupo Suzano, por exemplo, vendeu a Suzano Petroquímica para a Petrobras e Unipar por R$ 4,1 bilhões. A Ipiranga foi comprada pela Petrobras por 
  • US$ 4,6 bilhões. E a Unipar integralizada à Petrobras e sócias por valores bem acima do mercado.
  • Vale ressaltar que uma avaliação independente feita a pedido do Grupo Odebrecht pelo Banco Bradesco de Investimentos estimou que a Quattor (junção das petroquímicas Suzano e Unipar) valia R$ 2,56 bilhões. Causa estranheza o valor excessivo que a Petrobras pagou pela Suzano, que possuía dívida de R$ 1,4 bilhão. Não obstante, o Grupo Suzano de Papel e Celulose obteve um empréstimo de R$ 1 bilhão junto ao BNDES.
  • Vários empresários do setor nos procuraram para dizer que enquanto todos estavam ganhando dinheiro, poderíamos ser prejudicados. Isto fica evidente ao observarmos, agora, a situação da Petroquímica Triunfo e 33% do Copesul, cujo valor do patrimônio deveria ser de aproximadamente a R$ 1,8 bilhão.
  • Quattor, Ipiranga e Petroquímica Triunfo foram incorporadas pela Braskem, que se apoderou de tudo em clara demonstração de concentração de mercado e conflito de interesses. Os acionistas da Ipiranga, Unipar e Suzano também foram remunerados com valores bilionários.
  • Nós, acionistas da Petroquímica Triunfo e Copesul, ficamos sem nada, apenas discordar do monopólio idealizado por Odebrecht e executado por Lula e Dilma.
  • 5 – Da participação de Dilma Rousseff
  • Dilma Rousseff, ex-secretária de Energia do Governo do Rio Grande do Sul, na gestão do petista Olívio Dutra, iniciou o assédio à nossa empresa, já naquele período. A Triunfo e o Copesul estão localizadas na cidade de Triunfo, no Rio Grande do Sul.
  • Já na condição de Conselheira da Petrobras e Ministra do Governo Lula, a agora presidente reeleita Dilma Vana Rousseff deixou claro, em várias ocasiões, que seguia ordens do então presidente da República para concentrar o monopólio do sistema Petroquímico Brasileiro nas mãos da Odebrecht, beneficiando o estado da Bahia na arrecadação de impostos. Operação que contrariou a legislação vigente – Lei nº 6151 do II Plano Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – que estabeleceu a Indústria Petroquímica Nacional, de economia de mercado e livre concorrência, fomentando o regime de competição e desenvolvimento tecnológico de forma a beneficiar o consumidor final. È o que determina a lei!
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  • 6 - Da participação de Edison Lobão
  • Na condição de Ministro das Minas e Energia do Governo Lula, o maranhense Edison Lobão também deixou claro que Paulo Roberto Costa, Dilma Vana Rousseff, José Sérgio Gabrielli de Azevedo e ele próprio seguiam as determinações do presidente Lula.
  • Reforçou também que era Lula quem determinava como deveriam ser tocados os esquemas dentro da Petrobras. Hoje, com as estarrecedoras descobertas da Operação Lava-Jato, vemos que tudo o que nos foi dito era verdade. Edison Lobão dizia que Lula mandava fazer. Não dava atenção à Lei, como o então presidente deixou claro ao afirmar, em seu gabinete provisório no Centro Cultural do Banco do Brasil, que “o Poder Judiciário não vale nada”.
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  • 7 – Da participação de José Sérgio Gabrielli
  • Sindicalista e nascido na Bahia, José Sérgio Gabrielli de Azevedo foi o executor do monopólio que beneficiou o grupo Odebrecht. Coube a ele, durante anos a fio, facilitar o acesso da companhia baiana em várias obras de grande porte e negócios superfaturados feitos nas altas esferas da Petrobras.
  • A Operação Lava-Jato demonstra, depois de meses de investigações, que o grupo Odebrecht participou de esquemas bilionários e criminosos dentro da estatal.
  • 8 – Da participação de Paulo Roberto Costa
  • Réu em vários processos decorrentes da Operação Lava-Jato, Paulo Roberto Costa fez acordo  de delação premiada, instrumento jurídico contemplado pela legislação nacional e que obriga o acusado a relatar o que sabe em troca de redução de pena.
  • Operador do esquema de corrupção que funcionava em algumas diretorias da Petrobras, Paulo Roberto Costa confessou que recebia propina de várias empresas, entre elas justamente o Grupo Odebrecht, para facilitar negócios superfaturados e, na sequência, repassar recursos a  partidos políticos, como o PT, o PMDB, PP, entre outros.
  • Paulo Roberto Costa Sempre nos procurou para ofertas escusas. Diante de nossa recusa em participar dos esquemas criminosos, hoje claramente revelados pela Operação Lava-Jato, o então diretor da estatal transferiu a Petroquímica Triunfo de forma graciosa para a Braskem, beneficiando de maneira escandalosa o Grupo Odebrecht, assim como o Estado da Bahia na arrecadação tributária, em detrimento de outros estados da federação.
  • Realizada de forma ilegal, a operação criminosa envolve cifras bilionárias, em claro prejuízo aos cofres públicos e ao povo brasileiro.
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  • 9 – Da formação do monopólio
  • A arquitetura da construção do monopólio do setor petroquímico (indústria de base de primeira e segunda geração) responsável entre outras coisas pela produção de eteno e cloro, matérias primas básicas para fabricação de fios, cabos, móveis, pneus, automóveis, aviões, eletroeletrônicos, embalagens, brinquedos, garrafas, etc.
  • O monopólio do setor foi idealizado por Emílio Odebrecht, que disse ao então presidente Lula que deveria ter crescimento de escala na indústria petroquímica para participar do mercado global. É o marketing superando o direito. Lula, Dilma, Edison Lobão, José Sergio Gabrielli, Paulo Roberto Costa, juntamente com os grupos Suzano, Ipiranga, Unipar e Odebrecht criaram então a Braskem, que tem como sócia minoritária a Petrobras, com 49,99% e o Grupo Odebrecht como sócio majoritário com 50,01%, com contrato de exclusividade de 25 anos!
  • Como uma indústria de base de tal importância pode estar concentrada nas mãos de uma única família? Como a Petrobras pode ter como sócio, na Braskem, o Grupo Odebrecht, envolvida em crimes de corrupção conforme revela a operação “Lava Jato”? Pagando propina de US$ 23 milhões para o diretor da estatal, Paulo Roberto Costa? A quem interessa que poucas empresas controlem o setor? Quem ganha com isso?
  • Basta verificar quanto o Grupo Odebrecht gasta com o financiamento de muitas campanhas eleitorais dos partidos políticos flagrados na Operação Lava-Jato! Em quanto a Braskem e o Grupo Odebrecht, o Grupo Suzano foram beneficiados com financiamentos públicos através de bancos como o BNDES, Banco do Brasil e Caixa, com juros subsidiados?
  • 10 – Abuso de poder
  • A Petrobras, sócia institucional, na qualidade de promotora e fomentadora da Petroquímica Triunfo, empresa de natureza privada, como determina a lei, com 30 anos de existência, não poderia estatizar a companhia para depois entregar à concorrente, a Braskem (Grupo Odebrecht).
  • A Petroplastic, por sua vez, participava do empreendimento (Petroquímica Triunfo) na condição de sócio privado nacional e controlador da companhia, qualificado pelo acordo de acionistas e com base no plano do governo. Vale destacar que o status de “controlador” é condição personalíssima do acionista privado nacional. De tal modo, passa a ter o benefício dessa condição a partir do cumprimento da obrigação de fazer, como de fato, ao honrar a obrigação, o fez.
  • A Petrobras desrespeitou de forma flagrante o direito de preferência da acionista Petroplastic e o Programa Nacional de Desestatização do governo federal. A Triunfo foi eleita a melhor empresa do setor petroquímico brasileiro de 1989 a 2009, conquistando todos os prêmios das revistas especializadas, com caixa permanente de US$ 100 milhões, para um plano de futuro desenvolvimento.
  • 11 - Concorrência desleal
  • A Petrobras, na qualidade de promotora da iniciativa privada brasileira, assume a administração da Petroquímica Triunfo em 1985 com um marketing share de 24% do mercado nacional e transfere para a Braskem a maior fatia do setor, reduzindo a participação da Triunfo para 3% do mercado nacional em 2009. Ou seja, a incorporação, além de ser feita por um preço bem menor do que realmente valia, provocou uma diminuição da importância da Triunfo no mercado, centrando força apenas na Braskem.
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  • 12 – Conflito de interesse
  • Como pode a Petrobras, sócia institucional na Petroquímica Triunfo, trabalhar para a concorrente Braskem?
  • Isso é uma clara demonstração de que a estratégia da Petrobras, da Presidência da República e do Grupo Odebrecht era usar dinheiro público e da estatal na compra e eliminação de concorrência, repassando o monopólio do setor para a Odebrecht, em clara e inconstitucional concentração de mercado.
  • 13 – Improbidade administrativa
  • Não poderiam os funcionários da estatal Petrobras prejudicar a Petroquímica Triunfo e trabalhar em prol da Braskem.
  • Hoje, boa parte deles trabalha justamente na Braskem. Ou seja, transferiram patrimônio público para uma empresa privada para, em seguida, serem contratados pela Braskem, que foi a beneficiada em um negócio bilionário no setor petroquímico.
  • 14 – Atentado
  • O Excelentíssimo Juiz de Direito de Porto Alegre, Mauro Caum, sentenciou que se houvesse qualquer movimento de ações na Triunfo, antes da reforma do capital, dar-se-ia como um atentado. O juiz Mauro Caum foi afastado, sendo nomeada para cuidar do caso a desembargadora Ana Maria Nedel Scalzilli que não estava preventa na Câmara, mas cassou a liminar do juiz, admitindo a incorporação da Triunfo pela Braskem, sem entrar no mérito da questão, e ignorando todos os direitos da Petroplastic (sócio privado da Triunfo). Um claro desrespeito ao acordo de acionistas, ao Programa Nacional de esestatização do Governo Federal e da legislação vigente no País. Coincidentemente, o escritório de advocacia Scauzilli advogados associados, que presta serviços para a Odebrecht, pertence ao filho da desembargadora, Dr. Fabrício Scalzilli.
  • Diante do aqui exposto e após ser orientado pelo Excelentíssimo Procurador da República, Douglas Fischer, o Procurador da República, Bruno Calabrich, em reunião realizada na sede da Procuradoria-Geral da República, em Brasília, em 28 de janeiro de 2015, às 15 horas, apresento esta denúncia por escrito endereçada ao Procurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot Monteiro de Barros, ao Juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, e à Polícia Federal, a fim de que as providências legais sejam tomadas conforme determina a legislação brasileira.
  • Saliento e deixo claro que a presente denúncia tem por objetivo a apuração dos fatos ilegais e criminosos aqui relacionados, envolvendo autoridades, funcionários públicos, privados e empresários. Todos os fatos aqui descritos foram por mim presenciados e vivenciados como cidadão e empresário.
  • Sendo o presente relato a máxima expressão da verdade, coloco-me, desde já e em qualquer tempo, à disposição das autoridades brasileiras para novos e esclarecedores depoimentos e apresentação de documentos, fotos, ações judiciais e tudo o mais necessário para o completo esclarecimento de como um esquema bilionário montado dentro da Presidência da República prejudicou os cofres públicos, a Petrobras, o País e o povo brasileiro.
  • Atenciosamente,
  • Auro Gorentzvaig
  • Petroquímica Triunfo
  • São Paulo, 2 de fevereiro de 2015
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  • Segue em anexo a lista das pessoas que participaram da constituição do monopólio ilegal:
  • Maria das Graças Silva Foster, ex-diretora de Gás e Energia da Petrobras e atual presidente da estatal; Miguel Soldatelli Rossetto, ex-ministro da Agricultura e atual ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República; Gilberto Carvalho, ex-ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República; Carlos Heitor Rodrigues, ex-presidente do Sindipolo (Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Petroquímica de Triunfo – RS); José Lima, ex-presidente da Petrobras Química SA (Petroquisa); Andreia Damiani, advogada da Petroquisa; Djalma Rodrigues, diretor da Petrobras; Patrick Horbach Fairon, diretor da Petrobras; Paulo César de Aquino, ex-presidente da Petroquisa; Edmundo Aires, ex-diretorda Petroquisa e ex-presidente do Conselho de Administração da Petroquímica
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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

PEC DO BOLSONARIO



Bolsonaro é o autor da PEC

A mesa diretora da Câmara dos Deputados atendeu requerimento do Deputado Jair Bolsonaro (PP/RJ) e desarquivou a Proposta de Emenda Constitucional nº 352/2009. A  PEC propõe dar nova redação ao inciso IX do art. 142, da Constituição Federal, inserido no Capítulo II – Das Forças Armadas -,do Título V- Da Defesa do Estado e das Instituições Democráticas, estabelecendo que os militares das Forças Armadas, excetuando-se cabos e soldados, tenham a garantia remuneratória nunca inferior aos recebidos por militares de postos e graduações correspondentes das Forças Auxiliares (Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares).
Em sua justificativa, Bolsonaro faz uma construção histórica, demonstando que sempre existiu uma relação, mas não uma vinculação, entre a remuneração dos integrantes das Forças Armadas e das Forças Auxiliares.
O estabelecimento do teto remuneratório a que se refere a PEC já consta do Decreto-Lei nº 667, de 2 julho de 1969 , que reorganizou as Polícias Militares e os Corpos de Bombeiros Militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios. O autor defende a validade do Decreto-Lei, mas informa que essa norma não tem sido aplicada.
Um dos casos da não aplicação do Decreto-Lei se dá no Distrito Federal, onde ocorre uma significativa diferença na remuneração dos membros das Forças Auxiliares, mantidas pela União  e das Forças Armadas.

COMENTÁRIO GEOPOLÍTICO 216 de 18 de fevereiro de 2015
Assuntos: O Xadrez Geopolítico, A União e a Desunião

 
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O Xadrez Geopolítico Mundial
Cada país joga o seu jogo, mas os Grandes players são os EUA e aliados contra Rússia, enquanto os “peões” servem a um ou outro lado, as vezes visando seus próprios objetivos.
Num lance do jogo ainda em 2001, tinha sido decidida pelos EUA uma guerra contra a Síria para abrir o caminho para o Irã e controlar as reservas de gás, momentaneamente impedido pela Rússia, a criação do ISIS( Estado Islamico) afetou as prioridades, sem alterar o objetivo final.
 Reconhecendo o ISIS como um perigo maior do que um governo hostil na Síria, os EUA realizam alguns ataques aéreos para conter o avanço do ISIS enquanto equipam oposicionistas “moderados” para os combaterem e posteriormente derrubar o governo sírio.
O fanatismo dos combatentes do Estado Islâmico é um câncer e como tal se alastrará. Não se pode vencê-lo com charges e piadinhas, como não se extirpa um câncer com aspirinas, somente será contido com uma ação conjunta da Cristandade, tal como aconteceu nas Cruzadas, mas aparentemente o Ocidente, como um todo, não se deu conta do perigo representado pela atratividade de um califado sobre os muçulmanos nem sobre a superioridade moral sobre um Ocidente hedonista, descrente e efeminado. Menos ainda se deu conta da diferença da taxa de crescimento demográfico que ameaça inundar de maometanos quase todos os países ainda cristãos.
Entretanto, no momento o embate principal realiza-se na Ucrânia. Enquanto a OTAN procura se aproximar da fronteira da Rússia e esta tenta afastá-la e proteger sua minoria naquele país, talvez aproveitando para ampliar seu território. A Ucrânia alia-se à OTAN para manter sua integridade territorial e a tentar (missão impossível), dominar a força uma minoria hostil e reativa. Em curto prazo esse é o único cenário onde um passo em falso pode desencadear uma guerra mundial.
Na América Latina, os EUA maquiavelicamente incentivam a derrubada dos governos hostis, aproveitando a indignação popular com a irrefreável corrupção e estão, aliás, com habilidade, mais próximos de controlar os recursos naturais que ainda não controlam. Para isto contam com o inestimável auxílio dos movimentos indianistas e ambientalistas orientados pelas suas ONGs.
Enquanto isto a China, sorrateiramente acumula riqueza, poder, usando com perfeição os métodos nacionalistas e protecionistas e tende a se transformar no principal poder mundial.
Quanto ao nosso País, mesmo sem armamento nuclear é uma peça chave no hemisfério Sul, mas sem uma vontade unânime acaba por ser conduzido pelos interesses dos outros. A hostilidade aos EUA do atual Governo não toca nos pontos importantes que são a atuação das ONGs e o orgulho nacional que poderia ser criado pelos altivos “desaforos” da Dilma que ficam anulados pela subserviência dela aos “parceiros” da piada que é a UNASUL. Para os EUA o importante é evitar o fortalecimento dos laços de aproximação com os BRICS, não tanto pelo Brasil mas para minar potencial econômico do bloco. Para a Rússia e China, além dos recursos naturais interessam desmanchar o tabuleiro geopolítico desenhado pelos EUA desde a II Guerra, contando com o Brasil como um aliado quase incondicional.


A união faz a força. Já a desunião...
Já diziam os filósofos gregos que a democracia com corrupção degenera em demagogia e que isto termina por exigir um governo forte que ponha ordem na sociedade. A nossa História parece comprovar esta assertiva.  Foi só entregar o poder para os políticos e deu no que está aí.
Sucederam-se ineptos, traidores e ladrões. Com Sarney teve impulso a compra de votos e com Collor, mais do que a corrupção avultou a traição à Pátria na questão ianomâmi, traição que, com FHC tomou um vulto nunca igualado. Após, com a eleição de indivíduo reconhecidamente inepto e demagogo – o Lula, a corrupção se espalhou em todas as camadas da classe política e à sua sucessora, ainda que melhor intencionada, faltou um mínimo de habilidade; ensaiou uma faxina ética e teve que recuar em nome da “governabilidade”, ensaiou medidas econômicas nacionalistas e recuou ante as pressões da oligarquia financeira internacional, mas mesmo cedendo, aquela oligarquia decretou sua queda.
A Presidente, além de incompetente, acuada ao extremo nada consegue fazer além de tentar sobreviver, vendendo até a alma. Por sua história de guerrilheira não soube pedir o apoio dos militares para que a garantissem contra as pressões advindas da corrupta politicalha quando contrariada e das pressões internacionais. Ao contrário, Dilma permitiu humilhações a eles como a Comissão da ”falsa” Verdade e a colocação de um inimigo como Ministro da Defesa afastando assim os únicos que poderiam protegê-la. Na hora em que ela poderia amparar-se no nacionalismo dos militares faltou-lhe a vontade viril transformadora inibida por sua história esquerdista. Agora que até a opinião pública a repudia, está perdida. Ou sofrerá um impeachment ou será neutralizada e dominada pelas forças que ensaiou combater.   Quanto ao Legislativo, que só pensa em tirar vantagem, o sorvedouro de recursos é algo estarrecedor. O Poder Judiciário está dobrado e corrompido em nível medular.
A saúde economica do País ingressa em um período difícil, em parte pela inépcia governamental, em parte pela corrupção generalizada, mas principalmente pela atuação da oligarquia internacional que, atuando maquiavelicamente no complicado xadrez mundial, cria as condições para se apropriar do petróleo e outras riquezas, pelas beiradas, de forma a dificultar uma possível reação. Tenta colocar no governo um novo FHC.
Por último, mas não por fim, a insegurança no campo e nas cidades, o acovardamento da população desarmada e ensinada a não resistir prepara a nação a ceder ante qualquer ameaça, (Guerra de 4ª Geração), que nos deixa ainda mais vulneráveis do que nossa  debilidade militar.
   O merecido descrédito político somado a permanente sensação de insegurança,tirou a esperança dos brasileiros.  Não há condições de mudar nada no nosso País.  Ninguém sabe de nada, ninguém quer nada, um autêntico carnaval travestido de Semana Santa . O Governo, como está, não pode persistir é clara a aspiração de mudança, mas qual, se dentro da legalidade não se vê nada melhor?
Fosse somente um problema interno terminaríamos por seguir a teoria do sábio grego e resolver o problema com um governo forte, mas a orientação externa é de impedir, a qualquer custo, o surgimento aqui de uma potência que possa agir com independência e contam com o auxílio de legiões de compatriotas que, no afã de derrubar um mau governo estão dispostos a prejudicar o País, o que é uma tolice evidente.  Uma nação pode sobreviver até aos gananciosos, mas terá dificuldade para superar os danos causados pela tolice aproveitada pelo inimigo externo, se for grande o número de ingênuos que não visem em primeiro lugar o interesse nacional.
Estamos em dificuldades reais. Pior ainda, não acreditamos em nós e apreciamos falar mal de nós mesmos.
Ainda o pior de tudo, estamos desunidos.  Já se disse que uma casa dividida não se sustenta em pé.

Sem noção
1- O prefeito Eduardo Paes homenageará com um busto no Rio de Janeiro a Marco Archer, executado na Indonésia por tráfico de drogas. Diz o prefeito que  “A morte de Marco representa a luta não só do povo carioca por um mundo mais justo, mas sim de todo o povo brasileiro e  que  essa pessoa contribuiu muito para o progresso da humanidade.
2- Rodrigo Janot, o Procurador Geral da República está em Washington, para falar mal da própria Pátria. Parece que o objetivo é ajudar seus colegas americanos a ferrar a Petrobras. Janot é o mesmo que ao discursar na abertura do ano legislativo se referiu à revisão da lei da anistia, citando o parecer da revanchista comissão.
3- O Exército Brasileiro foi e é ainda um dos grandes culpados do desarmamento civil, portanto não somente do morticínio de cidadãos indefesos como do acovardamento geral da nação pela cooperação com o incentivo a “não resistência”. É muita ingenuidade. Na Amazônia fala em Estratégia da Resistência, mas como com o povo acovardado? Que guerra ele quer ganhar? Que tome consciência das consequências do que faz”.
   4-É de uma ingenuidade de estarrecer o internacionalismo dos nossos governos. Poderíamos ter construído a hidrelétrica de Itaipu totalmente em nosso território, nas Sete Quedas. Optamos por ajudar o Paraguai com uma sociedade e deu no que deu. Durante o governo tucano optou-se por favorecer aos cartéis norte-americanos e no governo petista a financiar obras em outros países. Agora se pensa fazer uma hidrelétrica no rio Uruguai juntamente com a Argentina. Será que nunca aprenderemos?
  5-Todos reclamam da queda de preço das ações da Petrobras. Então por que não recomprá-las? Parece que o George Soros as está comprando.
6-Todos são iguais perante a Lei, mas os índio são melhores e tem mais direitos. Aliás os negros também tem seus privilégios, mas os mais diferenciados são os gays. Sobre esses talvez seja proibido até dizer que são privilegiados pela Lei.
7-A punição maior para os Juízes condenados por crime ou corrupção é a aposentadoria imediata com vencimentos integrais
    A Presidente está sem noção de “o que fazer”. Isolada, encurralada, sem base parlamentar nem apoio social, contestada até dentro do PT, com um novo esqueleto no armário aflorando a cada dia tudo tende a piorar. A rigor Dilma teria uma chance: fazer uma faxina radical, mas para isto precisaria de decidido apoio militar para evitar que o Congresso a tire no mesmo dia que começar a faxina. Esse apoio é difícil de conseguir mantendo um inimigo das  Forças Armadas no Ministério da Defesa.


Os apagões e a Marina
      Claro, o setor elétrico tem outros problemas, mas o seu subdimensionamento e vulnerabilidade à seca não teria a dimensão atual se sucessivos governos não tivessem se curvado às pressões do aparato ambientalista-indigenista internacional, em sua insidiosa campanha contra o desenvolvimento da infraestrutura física do País, que se assemelha a uma virtual guerra econômica permanente. No setor energético, esse aparato intervencionista é diretamente responsável por: 1) atrasos, encarecimentos e até mesmo cancelamentos de numerosos projetos, principalmente, de usinas hidrelétricas e 2) uma reorientação nos critérios de projeto das usinas hidrelétricas, reduzindo drasticamente os seus reservatórios, para privilegiar os chamados empreendimentos "a fio d'água" - com a consequente redução da capacidade de armazenamento de água, para fazer frente a secas prolongadas.
    É certo, estamos em meio de uma guerra econômica, mas o inimigo tem aliados nacionais, uns enganados por uma propaganda eficiente, outros traidores mesmo, comprados ou não. A principal É a Marina Silva, a queridinha da casa real britânica. Essa pessoa já causou mais dano ao nosso País do que os corruptos somados e com a provável queda do Governo atual pode vir a assumir uma posição onde cause ainda mais dano. Quem sabe em novas eleições, com o apoio da imprensa internacional venha a ser a nova presidente.

O interesse nacional tem de falar mais alto.
A situação é preocupante. Colocados ativistas políticos nos postos chave, estes aproveitaram suas funções para roubar, roubar para o partido e para si mesmos. Estes canalhas (na maioria do PT), merecem sim a pena capital, mas eles, não as empresas, como a Petrobras, que já ficou muito prejudicada e para piorar a situação o preço do petróleo segue em queda, provavelmente respondendo também a fatores geopolíticos. Se o preço cair abaixo de 45 US$ por barril o pré sal deixa de ser lucrativo.
Com a instabilidade política atual persiste o assédio para que se desnacionalizem as poucas grandes empresas públicas e privadas que ainda lhe restam, sendo o principal ataque , naturalmente, é sobre a Petrobras e essa campanha encontra eco em pessoas que não enxergam o prejuízo que isto significaria.
 A Petrobras é a espinha dorsal do desenvolvimento industrial brasileiro. A cadeia produtiva e comercial do petróleo e do setor naval representa mais de 10% do nosso produto interno bruto, constituindo a principal ancora da indústria de bens de capital.  É uma empresa criadora e difusora de tecnologia, de investimentos e de produtividade que beneficiam toda a economia. Foi graças aos seus esforços que se descobriu as reservas do pré-sal e é ainda graças à sua tecnologia original de produção que o Brasil já retira do pré-sal, em tempo recorde 700 mil barris diários de petróleo, que brevemente alcançarão mais de 2 milhões, assegurando auto-suficiência e a exportação de excedente. Entretanto, só o corte de investimentos previsto, da ordem de 30%, já provocará impacto negativo de 1 ponto percentual no PIB, sem contar a queda na arrecadação tributária, aumento do desemprego e outras conseqüências nefastas para uma economia já combalida. A perda de Know How já é difícil de mensurar. O prejuízo que causaria a destruição da Petrobrás então seria inimaginável.  O desgaste e a desnacionalização da Petrobrás interessam a muita gente, mas não ao Brasil.
Há quem esteja convencido de que, sem ruptura institucional completa, não há esperança de o Brasil deixar de continuar afundando, com a corrupção desenfreada, mas mesmo para isto não é preciso acabar com a Petrobras e nem derrubar a economia. Além disto os postulantes parecem ser da mesma laia, sendo que alguns, para tomar o poder, se declaram simpáticos a certa privatização mesmo que os novos donos sejam estrangeiros. Esses são ainda mais perigosos do que os corruptos
Obs: O mundo não para no carnaval


Gelio Fregapani
 
OLHA O GOLPE ARMADO!!!!
Luís Inácio corre para salvar Luiz Inácio. Diogo Mainardi e Mario Sabino.
Agora ficou claro por que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse a um advogado de empreiteira, em reunião secreta, que a Operação Lava Jato "tomaria outro rumo" depois do carnaval e, portanto, ele "desaconselhava" que os executivos presos partissem para a delação premiada.
Em conluio com Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro Cardozo despachou o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, para o Tribunal de Contas da União (TCU), com uma Instrução Normativa redigida no Palácio do Planalto. Por essa Instrução Normativa, aprovada em tempo recorde, o TCU analisará concomitantemente com a Controladoria-Geral da União (CGU) os acordos de leniência firmados com o Estado. Isso garante que os acordos feitos no âmbito da CGU não correrão o risco de serem anulados depois pelo tribunal -- mesmo com um TCU dominado por PT e PMDB, as empreiteiras temiam essa possibilidade quando lhes propunham tal saída.
A aprovação da Instrução Normativa é ótima para Lula, Dilma e os larápios associados porque:
a) Acordos de leniência podem ser feitos diretamente com a CGU, sem passarem pela Justiça
b) Dessa forma, contorna-se o juiz Sergio Moro
c) Pelos termos de um acordo de leniência, as empresas reconhecem que praticaram os crimes, pagam uma multa e não são consideradas inidôneas. Podem continuar a assinar contratos com o governo em qualquer nível
d) Ao contrário do que ocorre com a delação premiada, elas não precisam contar tudo. Ou seja, que Lula e Dilma estão implicados até o pescoço no esquema do Petrolão
e) A chance de Dilma sofrer impeachment reduz-se dramaticamente, visto que será quase impossível imputar-lhe o crime de responsabilidade
f) Sem o perigo de falência, as empreiteiras podem dar um grande cala-a-boca ou um aguenta-aí-até-chegar-no-STF aos executivos presos e aos seus sócios em cana, como Ricardo Pessoa, da UTC, que ameaçavam seguir o caminho da delação premiada. A ameaça de Ricardo Pessoa de partir para a delação foi decisiva para o Planalto armar rapidamente o golpe
Luís Inácio Adams percorreu freneticamente os gabinetes dos ministros do TCU, acompanhado do ministro Bruno Dantas, para aprovar uma Instrução Normativa, repita-se, redigida no Palácio do Planalto. Ninguém levantou a menor objeção.
A menos que um executivo preso não suporte a ideia de passar anos na cadeia, ainda que com o seu futuro assegurado economicamente, ou que a sociedade não esboce reação, Luís Inácio salvou Luiz Inácio -- e Dilma.
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Nota: O TCU é órgão do Poder Legislativo. O Palácio do Planalto redigiu a Instrução Normativa. Que esculhambação geral. Um poder interferindo no outro. Pobre país.