quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

1.       Desejo a todos um Brasil melhor, mais justo, 2015 pleno em realizações.  Que cada vez mais pessoas agreguem o sentimento patriótico, de livrar as futuras gerações do mal que já está aqui.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014


COMENTÁRIO GEOPOLÍTICO 211, de 07 de dezembro de 2014

Assuntos

Só um alerta e O cerco à indústria brasileira de defesa  



Só um alerta

O Petróleo e a Corrupção
A crise internacional do petróleo deve intensificar a ofensiva externa para que o Brasil privatize a Petrobrás e o pré-sal. Desgastar a imagem da estatal é uma forma de criar condições políticas para que isso ocorra. Vale tudo paradesmoralizar a PETROBRÁS de modo a tornar irreversível a privatização da empresa. 
Apesar das licitações viciosas, apesar de todas as corrupções, as encomendas da estatal petrolífera nacional dinamizam a indústria nacional para fabricação de insumos, peças e equipamentos que impulsiona o desenvolvimento dos componentes nacionais, sendo razão principal do desenvolvimento da indústria brasileira, no campo do desenvolvimento tecnológico e na criação de empregos de qualidade isto, naturalmente, mesmo sem a corrupção deixaria a produção mais cara, mas não podemos deixar que a crise que estamos vivendo mate a indústria e o desenvolvimento tecnológico.
É obvio que as firmas estrangeiras estão de olho nesse mercado além de punir os corruptos temos que desenvolver os componentes nacionais e isto tem um custo extra, mas é o único caminho para a independência.
Temos que punir os ladrões sem desmanchar nem privatizar as empresas.

Na Energia Nuclear
Uma notícia de sentido estratégico. A usina nuclear Angra I receberá pela primeira vez, na próxima recarga de combustível de 2015, urânio enriquecido no Brasil. Até o presente momento, todo o urânio usado como combustível na usina era enriquecido no exterior.
Não tem sido fácil o nosso avanço no setor nuclear. O enriquecimento do urânio é tido como uma atividade perigosa, pois pode levar à confecção da bomba atômica. Enriquecer urânio, mesmo em proporção inferior à necessária para a fabricação da bomba, sempre foi atividade obstruída pelos Estados Unidos e países. Isto terminou impedindo, ou dificultando muito, o uso da tecnologia nuclear mesmo para fins pacíficos pelos demais países, criando um fosso entre os que detêm essa tecnologia e os demais.
Entre os países que foram mais atingidos por esse cerco está o nosso Brasil, que dispõe da sexta maior reserva de urânio do mundo, capaz de abastecer uma dezena de usinas por muito tempo, mas devido a covardia (ou a traição) de três Presidentes, ficamos privados de lançar mão dessa enorme riqueza disponível com que a natureza nos dotou.

No Transporte - Nova traição?
O ministro da Aviação Civil, Moreira Franco, garante que o governo fará força para ser aberto 100%  ao mercado de aviação a estrangeiros. Hoje, uma companhia de fora não pode ter mais do que 20% de capital em uma empresa aérea nacional.
Em navegação marítima, a abertura já está em vigor. Um grupo estrangeiro que se estabeleça no Brasil – mesmo com 100% do capital em mãos de acionistas do exterior – tem todos os direitos dos brasileiros, o que inclui o acesso ao crédito do Fundo de Marinha Mercante. A exigência é ter subsidiária no país.
Abrir mão de uma Marinha Mercante nacional é renunciar a uma posição proeminente no concerto das nações. A navegação, especialmente a cabotagem, é estratégica para uma nação. Abrir mão dela é ficar a mercê dos estrangeiros, mais ainda do que no caso das empresas aéreas.

Na Industria Bélica
Já há algum tempo tivemos informes de que a nossa única fabricante de munição leve – a CBC, poderia não ser brasileira e que teria sua sede numa ilha do Caribe, que ainda vendia munição para o estrangeiro por nove vezes mais barato do que para o nosso Exército. Se confirmados esses informes isto caracteriza uma grave vulnerabilidade facilmente perceptível.
O que confirmamos é que o próprio Exército tem bloqueado empresários que desejem fabricar munição no País, a pretextos burocráticos que não dá para aplaudir.
Sobre a indústria bélica recebemos do um oficial paraquedista o artigo abaixo, publicado ainda  em 2012:

 

 

 

O cerco à indústria brasileira de defesa  

Na contramão da tendência mundial, o Brasil desnacionaliza sua indústria bélica 

Jornal do Brasil16/08/2012 -  artigo de Mauro Santayana  

As forças militares brasileiras só dispõem de munições para uma hora de resistência, segundo declarou o general Maynard Santa Rosa a O Globo. No caso de uma situação de guerra, dependeríamos de um grande esforço diplomático, a fim de ganhar tempo e mobilizar a nação às pressas para a defesa do território. É certo que uma ocupação militar do Brasil por força invasora é quase impossível, e que teríamos condições de expulsá-la depois de imensos sacrifícios da população civil. Mas, nos restaria a destruição de nossos centros industriais mais importantes.
Guerra quer dizer tecnologia. Desde o arco e a flecha — invenção que surgiu, segundo os antropólogos, com o neolítico — os países mais poderosos são aqueles na vanguarda da produção de armamentos. Preservar a paz é preparar-se para a guerra, conforme a constatação dos romanos. Quer pela nossa índole, quer por desídia, ou por confiança na sorte, o Brasil talvez seja, relativamente, o país mais indefeso do mundo.
O país procura investir na sua defesa, mas está muito moroso e comete um erro crasso, o de não produzir seus próprios armamentos e petrechos de combate. Estamos desnacionalizando o pouco de indústria bélica de que dispomos, com a entrada maciça de empresas estrangeiras (entre elas, e de forma agressiva, as de Israel) no parque industrial brasileiro, mediante a aquisição de firmas nacionais ou de sua associação com nossos empreendedores.
No mundo inteiro, quem comanda a produção de armamentos – direta ou indiretamente — é o Estado. No Brasil, um bom caminho é a criação da Amazônia Azul Tecnologias de Defesa (Amazul), vinculada ao Ministério da Defesa. Aprovada pelo Congresso, a estatal foi criada na semana passada pela presidente Dilma Rousseff, com  o objetivo, entre outros, de construir o primeiro submarino movido a energia nuclear feito pelo Brasil, em sociedade com os franceses.
A cada ano, devido à Amazônia e ao Pré-sal, entre outras razões, cresce a importância de a nação aumentar — como acontece na Europa com complexos industriais militares como a Eads, a Navantia e a Finmecannica — a participação direta do Estado na indústria brasileira de defesa. Outra meta deve ser a de se buscar um maior grau de conteúdo nacional nas encomendas contratadas junto a empresas estrangeiras. 
Posse da tecnologia
Não se pode admitir — como ocorre com a projetada fabricação de 2 mil blindados ligeiros Guarani pela Iveco,  no município mineiro de Sete Lagoas — que apenas 60% das peças utilizadas sejam fabricadas no Brasil. Em caso de conflito, ou mera ameaça de confronto entre o Brasil e qualquer país da Otan (Europa e Estados Unidos), a produção desses tanques seria descontinuada e não teríamos como substituir o material perdido em combate. É de se recordar o exemplo da Argentina, que ficou literalmente a ver navios — nesse, caso, britânicos — na Guerra das Malvinas. 
Por outro lado, há um verdadeiro cerco dos países geopoliticamente identificados como ocidentais à indústria bélica brasileira. Todas as nossas empresas que desenvolveram tecnologia militar nos últimos anos tiveram o seu controle adquirido por grupos internacionais recentemente. 
Com isso, essas multinacionais se apossaram do conhecimento desenvolvido por técnicos e engenheiros brasileiros. Agora podem decidir a seu bel-prazer, seguindo a orientação estratégica dos governos de seus países, até que limite essas empresas — que antes pertenciam a empresários brasileiros — poderão ir, no desenvolvimento de novas tecnologias bélicas.
A Aeroeletrônica, empresa brasileira que há mais de duas décadas se dedica ao projeto, desenvolvimento, fabricação, manutenção e suporte logístico de produtos eletrônicos para veículos aéreos, marítimos e terrestres é um exemplo. Ela, que forneceu sistemas de aviônica para o Tucano 27 e o Super Tucano, da Embraer, e para o caça ítalo-brasileiro AMX, foi adquirida, em 2001, pela Elbit, empresa israelense criada, em 1967, sob o estímulo do Ministério da Defesa de Israel.
A Ares - Aeroespacial e Defesa foi outra a ter o  seu controle adquirido pela Elbit, no final de 2010, quando foi rebatizada como AEL Sistemas. Ela desenvolvia a Remax, uma estação de arma estabilizada servo-controlada, para metralhadoras, destinada a equipar os blindados Guarani dos quais falamos. Outros de seus produtos são os colimadores, indicadores visuais de rampa de aproximação, sistemas óticos de pontaria para tiro indireto de morteiros, sistemas de lançamento de torpedos, e foguetes de chaff, para defesa de navios. 
Com sua desnacionalização, o Remax, desenvolvido inicialmente por técnicos do CTEX, foi substituído pelo UT30BR, e o contrato para o equipamento dos blindados Guarani com essas torretas automatizadas de armamento, no valor de mais de R$ 400 milhões, foi repassado para os israelenses.
Apenas três meses depois, em janeiro de 2011, Israel dava mais um passo na sua estratégia de penetração na indústria bélica brasileira, com a compra da Periscópio Equipamentos Optrônicos S.A, especializada na área de defesa e sinalização aeroportuária.
Lucro assegurado
O que causa revolta no observador mais atento é o fato de que o retorno do baixo investimento feito por multinacionais estrangeiras para a compra dessas empresas, da ordem de algumas dezenas de milhões de reais, é líquido e certo. 
O lucro, várias vezes maior do que os investimentos, é assegurado por encomendas já contratadas pela Marinha, Exército e Força Aérea. Em muitos casos, nossas forças armadas já desenvolviam sistemas em parceria com estas empresas que estão sendo desnacionalizadas quando ainda estavam sob controle acionário local.
Empurrada pelas aquisições, a estratégia israelense no Brasil está indo de vento em popa. Em março de 2011, a AEL, controlada pela Elbit, criou com a Embraer uma nova empresa, a Harpia, que fabrica os Vants, veículos aéreos não tripulados para vigilância e ataque, do tipo utilizado pelos israelenses nos territórios palestinos e pelos norte-americanos no Paquistão e no Afeganistão.
Outra empresa israelense, a IAL (Israel Aircraft Industries), fabricante do míssil Rafael, fornece os aviões-robôs do mesmo tipo (que os Vants) para o sistema de vigilância de fronteiras da Polícia Federal. Esses veículos telecomandados poderiam ser desenvolvidos no Brasil, onde já existem empresas incipientes formadas por universitários para atuar nesse segmento da tecnologia aérea.
Assim, seja na área de blindados, na de aviônicos, na de optoeletrônica, como é o caso de periscópios, ou de aviões robóticos não tripulados, os israelenses — e, por meio deles, também seus aliados norte-americanos — podem monitorar, confortavelmente, da mesa de diretoria dessas empresas, cada passo que o Brasil dê nessas áreas. 
Radares e helicópteros, e, agora, submarinos, são o campo de caça dos franceses, que completaram, em setembro de 2011, com o Grupo Thales, a aquisição, iniciada em 2006, de 100% do controle da brasileira Omnisys, empresa especializada no desenvolvimento e fabricação de radares de longo alcance, sediada em São José dos Campos.
Encomendas de US$ 7 bilhões
Em alguns casos a fabricação de armamentos é feita — sem subterfúgios ou hipocrisia — por empresas diretamente controladas por governos estrangeiros. Esse é o caso da DNCS (Direction des Constructions Navales), que tem 75% de suas ações nas mãos do governo francês. Ela se “associou” à Odebrecht para construir, em Itajaí, no Rio de Janeiro, quatro submarinos da classe Scorpéne e mais o casco do futuro submarino nuclear brasileiro — encomendados pela bagatela de 7 bilhões de dólares.
O mais perto que já cheguei de um submersível foi quando li 20 mil léguas submarinas, de Júlio Verne. Mas, como disse Arquimedes, referindo-se à alavanca, “deem-me um ponto de apoio e moverei o céu e a terra”. Se derem a qualquer governo de um país, com um mínimo de planejamento, 7 bilhões de dólares, ele certamente construirá bela fábrica de submarinos, desde que haja tempo para contratar as pessoas certas — aqui e no estrangeiro — e adquirir os componentes adequados, sem precisar dividir o controle desse ativo estratégico com ninguém.
Com uma parcela desse dinheiro, o Brasil poderia montar uma completa universidade naval, formando centenas de engenheiros especialistas na construção de belonaves, entre elas, submarinos, por ano, no lugar dos 26 brasileiros que passaram alguns meses na França, em uma escola de submergíveis, por conta do acordo. Por aí se pode ver que os especialistas brasileiros formados no âmbito desse contrato milionário — negociado pelo então Ministro da Defesa Nelson Jobim — cabem todos em um micro-ônibus. Rezemos para que não aconteça um acidente. 
Considerando-se que o Brasil ficou anos sem investir um centavo em armamentos, e que teve a sua indústria bélica desmantelada durante a tragédia neoliberal dos anos 1990, devido á ojeriza a qualquer coisa que se aproximasse de uma política industrial decente, compreende-se que o governo Lula esteve, nessa área, movido por boas intenções. 
Processo persistente
Ocorre que a pressa não justifica a adoção de certo tipo de acordos, por parte do Brasil, principalmente quando se sabe que alguns contratos, como os assinados com os franceses, na área dos submarinos, ou com os italianos da Iveco, para a fabricação de blindados — com projeto do Exército Brasileiro — têm uma duração de 20 anos.
A Helibras, única fábrica latino-americana de helicópteros, é controlada, em mais de 75%, pela Eurocopter francesa. Esta, por sua vez, pertence em 100% à Eads, consórcio europeu que conta com a participação, direta e indireta, dos governos franceses, alemão e espanhol. 
Como muitos grupos de defesa multinacionais que funcionam no Brasil, a Helibras tem sido também irrigada com milionários contratos pelas Forças Armadas. É o caso da encomenda de 50 helicópteros pesados, destinados às três forças, apesar do conteúdo nacional de seus produtos ser baixo e de a maior parte dos lucros seguir todos os anos para a Europa. 
É fácil ver que o avanço dos franceses — assim como o dos outros países geopoliticamente classificados como “ocidentais” — sobre a indústria nacional de armamento é um processo duradouro, organizado e persistente. 
No dia 12 de junho de 2012, há menos de dois meses, portanto, a Optovac Mecânica Optoeletrônica Ltda, especializada em equipamentos de optrônica e visão noturna, parte de um seleto grupo de pequenas e médias empresas inovadoras, assim classificadas pelo Ministério da Defesa, foi também comprada — sem qualquer oposição — pela Sagen francesa, do grupo Safran, controlado em mais de 30% pelo governo daquele país.
Navios patrulha ingleses
Os ingleses, naturalmente, não poderiam ficar de fora do processo da tomada de controle de nossas empresas de defesa e das encomendas do governo. A British Aeroespace, ou BAE Systems, acaba de fornecer três navios de patrulha oceânica para a Marinha, por quase R$ 400 milhões, em uma compra de “oportunidade”. Eles estavam antes destinadas a Trinidad e Tobago. No final de 2011, essa empresa também assinou contrato — depois do necessário nihil obstat do governo norte-americano — para modernizar um primeiro lote de 150 veículos blindados sobre lagartas, o M-113, utilizados em transporte de tropas, avaliados em 43 milhões de dólares. O valor pode aumentar proporcionalmente, caso o processo se estenda para toda a frota brasileira desse tipo de veículos, que chega a 350 blindados.
Na área aeroespacial, a BAE inglesa foi selecionada para fornecer os sistemas de controle eletrônico de vôo do novo jato militar de transporte KC-390 da Embraer. Agora, como informam meios especializados, busca “parcerias estratégicas” para participar das licitações do Sisfron (Sistema Integrado de Fronteiras) e do Sisgaaz (Sistema de Monitoramento da Amazônia Azul), avaliados em 15 bilhões de dólares.
Poderíamos falar aqui também dos planos e manobras da Finmeccanica, italiana, ou da Navantia, espanhola, no Brasil, ambas com participação acionária de seus respectivos governos.
Tratamento diferenciado
É preferível, no entanto, lembrar a diferença entre o tratamento que damos aos grupos estrangeiros de defesa — aqui representados, às vezes, por pessoal da reserva de nossas forças armadas que já serviu no exterior — e aquele que recebem as nossas empresas quando tentam penetrar no mercado de algum país do Hemisfério Norte. 
Nos países ditos capitalistas e de suposto “livre mercado”, a compra de armamentos e a propriedade empresas fabricantes de material bélico costumam ser tratados como assuntos estratégicos e de segurança nacional. 
Na Europa, para comprar um projétil que seja, procura-se, primeiro, uma empresa local. Depois, se por uma questão de preço ou de escala, a encomenda tiver de ser feita a uma empresa estrangeira, busca-se a que tenha participação acionária de algum grupo do país comprador. Em último caso, procura-se empresa que pertença a um dos enormes complexos militares controlados diretamente por governos europeus, como é o caso da Eads.
Os Estados Unidos são ainda mais curtos — e grossos — nesse aspecto. Para vender qualquer arma ao governo dos Estados Unidos ou às suas Forças Armadas, a empresa estrangeira terá que estar instalada em seu território, onde obrigatoriamente deverá produzir a encomenda e estar associada “minoritariamente” a uma empresa diretamente controlada por capitais norte-americanos.
Devido a essa postura — que deveríamos praticar aqui há muito tempo, se mais não fosse por uma questão de isonomia — a mera hipótese da entrada de uma empresa brasileira de tecnologia de defesa naquele mercado, como fornecedora das Forças Armadas norte-americanas, mesmo que cumprindo rigorosamente todos os requisitos a que nos referimos, acaba se transformando em uma questão nacional.
Licitação anulada
Foi o que descobriram os executivos da Embraer no ano passado. Após se associarem à norte-americana Sierra Nevada Corporation e vencerem uma licitação de menos de 400 milhões de dólares para o fornecimento de 20 aviões ligeiros Super Tucano a serem utilizados no Afeganistão, viram a concorrência ser anulada. 
Uma campanha movida no país, com apoio de congressistas republicanos, pela Hawker Beechcraft, que teve seu avião desclassificado por problemas técnicos, levou a Força Aérea norte-americana a anular a concorrência conquistada pela Embraer. Isso, apesar do compromisso de a fabricação do avião ser em território norte-americano e de a maior parte das peças das aeronaves serem produzidas pelos Estados Unidos ou pelos seus parceiros do Nafta.
Podemos imaginar o que não ocorreria no Brasil — e o escândalo que não fariam certos veículos de comunicação — caso ocorresse o mesmo por aqui e um contrato de fornecimento de armamento norte-americano para nossas forças armadas fosse bloqueado no Congresso, devido ao pedido de uma empresa concorrente de capital 100% nacional.
Estratégia definida
A estratégia dos Estados Unidos e da Europa Ocidental, com relação ao Brasil, está cada vez mais clara:
— Impedir o desenvolvimento de tecnologia nacional própria, com a compra de qualquer empresa que procurar desenvolvê-la;
— Associar-se à empresa que não se puder comprar, oferecendo cooperação no desenvolvimento da tecnologia, com o intuito aparente de ajudar o país a queimar etapas. Na verdade, tenta-se impedir qualquer avanço à sua revelia, sem vigilância ou participação;
— Impedir que o dinheiro gasto com o reaparelhamento das Forças Armadas chegue às mãos de empresas sob controle nacional, evitando ainda que esse dinheiro seja investido em avanços de caráter tecnológico que coloquem em risco a hegemonia de suas empresas no mercado brasileiro e no exterior;
— Cooptar, com associações ou contratos de representação e de lobby, pessoal da reserva das forças armadas, principalmente ex-adidos militares brasileiros no exterior, para vender, como uma coisa ideologicamente natural, a associação do Brasil com empresas ocidentais para a produção de armamento, de forma a impedir que a nação recorra a outras opções;
— Impedir a reunião, coordenada, de pequenas empresas brasileiras de grande potencial tecnológico, em grandes consórcios industriais militares de inspiração ou controle público, como os que existem no Ocidente, como a Lockheed Martin, ou a própria Eads;
— Diminuir, via participação na maioria dos contratos, a realização de associação entre empresas brasileiras de defesa de qualquer porte e empresas não ocidentais, como as existentes nos países Brics. Se não puder impedir a cooperação entre uma empresa brasileira de defesa e uma congênere do Brics, estar presente acionariamente ou como participante do projeto, do lado brasileiro, para “controlar” essa aproximação;
— Estabelecer, coordenadamente, via supervisão dos métodos de produção e administração, e aplicando baixos índices de conteúdo nacional, um alto grau de dependência da indústria nacional de defesa com relação aos seus “parceiros” e controladores ocidentais. Isto permitirá futura paralisação das linhas de montagem dos armamentos em nosso país, em caso de conflito ou de potencial conflito, entre o Brasil e esses países;
Legislação perversa
Ao enfrentar uma situação absurda e desastrosa, com a criminosa aprovação, no governo Fernando Henrique Cardoso, de emenda constitucional que transformou, para todos os efeitos, em “brasileira” qualquer empresa instalada no Brasil — mesmo que controlada por capitais públicos ou privados estrangeiros — a presidente Dilma tenta fazer o que pode, na área de defesa, embora não tenha conseguido impedir que o processo de desnacionalização chegasse ao ponto que chegou. 
Temos uma legislação perversa, que faz com que o país, do ponto de vista da defesa do capital nacional, tenha que subir ao ringue com as duas mãos atadas. Somos obrigados a concorrer com empresas que contam com descarado apoio — direto e indireto — dos governos de seus países de origem. 
As agências “reguladoras” nacionais, incluindo o Cade, não fazem nenhuma distinção entre empresas de capital nacional ou estrangeiro, até mesmo quando grandes grupos autenticamente nacionais tentam se expandir, via aquisições, no mercado internacional.
Superavit com a Venezuela
Além disso, o Brasil precisa ainda enfrentar a oposição de seus inimigos internos. 
Nesse sentido, a pior herança que nos deixaram os anos 1990, foi toda uma geração de presumidos formadores de opinião que insistem em ser mais realistas que o rei, e mais neoliberais do que os executivos de Wall Street, na defesa do entreguismo e da capitulação da nação. 
Isso em um mundo em que os países que mais intervêm na economia são justamente os que mais crescem, como é o caso da China; ou em que os países mais poderosos são justamente os mais nacionalistas, como é o caso da própria China, dos Estados Unidos, da Alemanha e do Japão.
É nesse Brasil absurdo que alguns industriais defendem a elite paraguaia, que só nos manda armas e drogas e o mais maciço e rasteiro contrabando. É essa mesma gente que insiste em estreitar a “parceria” com os Estados Unidos — com quem temos mais de 5 bilhões de dólares de prejuízo no comércio exterior — enquanto ataca duramente a entrada da Venezuela — que nos compra quase 5 bilhões de dólares em alimentos e manufaturados com um superávit brasileiro de mais de 3 bilhões e 200 milhões de dólares — no Mercosul.
O pior é que ninguém pergunta aos milhares de trabalhadores, empreendedores, pecuaristas, agricultores e empresários brasileiros que produziram e venderam esses 7 bilhões de reais aos venezuelanos em 2011 o que eles pensam sobre o assunto.
Voltando à questão do cerco ocidental à indústria bélica, a entrada do BNDES no capital da Avibras, no final do governo Lula, ao permitir que essa empresa honrasse a entrega de importante pedido ao governo da Malásia, e a encomenda de um sistema Astros 2020 para os fuzileiros navais, apontam para a direção correta.
A criação da Amazul (Amazônia Azul Tecnologias e Defesa) para cuidar da produção do propulsor nuclear que irá equipar o futuro submarino nuclear brasileiro, também foi um passo fundamental para a independência do Brasil na área de defesa. Isso, embora já se organize a resistência de conhecidos grupos a fim de sabotar a empresa.
A Amazul, estatal que não pode ser vendida a nenhum grupo estrangeiro, representará — se houver decisão política nesse sentido por parte do governo — um divisor de águas na política brasileira de defesa.
Importância das parcerias
Ela poderá ser — e o Brasil precisa disso — a primeira de grandes empresas cem por cento nacionais, destinadas à produção de armamento. E se transformar no embrião de um grande estaleiro estatal, acoplado a uma importante escola de engenharia naval, para a Marinha, além de constituir exemplo para a criação de uma empresa desse porte também para a força terrestre. 
Com complexos industriais desse nível, o Brasil estaria pronto para estabelecer parcerias com as grandes empresas estatais dos países Brics, para desenvolver, ainda nas próximas décadas, toda uma nova geração de armamentos.
A cooperação de empresas brasileiras como a que está em curso entre a Mectron e a Denel sul-africana para a construção de um míssil A-Darter pode quebrar um pouco da antipatia que ainda existe com relação à cooperação com a Rússia, a Índia e a China, os outros Brics, no desenvolvimento de material de defesa.
Não se trata de recusar a tecnologia ocidental, mas sim de impedir que se tome de assalto o nosso sistema de produção de armamentos. Além disso, a subordinação do Brasil às empresas norte-americanas, europeias e israelenses nos fechará o mercado de boa parte do mundo — como os próprios países árabes — que não são simpáticos a Israel ou aos Estados Unidos. Ou os próprios Brics, com quem teremos que cooperar, caso não queiramos colocar os nossos ovos — ou nossas empresas de armamento — em uma só cesta.
Incentivos à indústria nacional
Não podemos correr o risco de ficar desarmados e inermes frente a eventuais inimigos, por cooperar só com um lado do mundo, e com empresas que estão todas, política e corporativamente, ligadas entre si, até do ponto de vista acionário. 
O governo federal está preparando novas medidas para a área bélica, que incluem maiores incentivos fiscais e de crédito para empresas que estejam sob baixo controle teoricamente brasileiro. 
Com a aprovação, em março, da Lei 12.958, grupos que atuam na área de infraestrutura e construção civil, como a Odebrecht (já associada à Eads), OAS, Engevix, Queiroz Galvão, Camargo Correa e Synergy, além da própria Embraer, terão vantagens tributárias e condições especiais de crédito para participar de licitações na área de defesa.
O problema é que todos esses grupos estão negociando a participação de empresas estrangeiras, todas dos Estados Unidos ou da Europa, na composição dessas novas empresas, em troca de “tecnologia”. 
Estamos partindo do pressuposto de que a única maneira de ter acesso à tecnologia na indústria bélica mundial é a de nos associamos a um parceiro mais forte, e, ainda por cima, estrangeiro.
Essa é uma premissa falsa, para não usar palavra mais forte. Com dinheiro e decisão política, qualquer um vai atrás da tecnologia. Pesquisa, planifica, copia projetos e contrata especialistas entre os milhares de engenheiros e cientistas estrangeiros que estão desempregados em razão da crise na Europa e nos Estados Unidos. 
Ou se associa, em igualdade de condições, a países que desenvolveram de forma autônoma a sua própria indústria de defesa, como a China e a Rússia, sem depender de associações desse tipo com os países ocidentais. 
No entanto, no lugar de aproveitar a janela de oportunidade aberta pela crise para nos apropriarmos de pessoal especializado e da tecnologia que está disponível lá fora, sem abrirmos mão de controlar, sozinhos, uma área que é estratégica para o país, o que estamos fazendo — e com financiamento público e benefícios fiscais — é aprofundar a nossa dependência a esse projeto geopolítico “ocidental”.
Comprometemos o futuro de nosso povo, e, graças às emendas constitucionais de FHC, pagamos pela vassalagem. Isso já se fez nas telecomunicações, quando se usou o dinheiro do BNDES para a expansão e o fortalecimento, em nosso território de empresas estrangeiras — “associadas” ou não a grupos nacionais — que não têm e nunca terão o menor compromisso estratégico com o Brasil. 
Como lembra a fábula de Jean de La Fontaine — ou a joint venture do porco com a galinha para vender ovos com bacon — não existe pacto possível entre lobos e cordeiros. Na associação de uma construtora brasileira com um grande grupo multinacional de defesa, com eventual participação estatal, ou golden share, do governo de seu país de origem, não seremos nós os lobos e eles os cordeiros.
Essas joint ventures, se vierem a ocorrer, para o fornecimento — sem garantia de 100% de conteúdo nacional e de 100% de controle brasileiro — de armamentos que levam décadas para ser desenvolvidos e produzidos, equivalerão à entrega e capitulação de nossa indústria bélica, agora e no futuro, à Europa e aos Estados Unidos. O governo Dilma Rousseff, por pressão, pressa ou ingenuidade, poderá vir a ser responsabilizado perante a História se prosseguir nesse caminho.
Serão necessárias medidas corajosas como as que levaram à queda dos juros. Crédito e condições fiscais especiais, em áreas estratégicas, dentro de projeto nacional de independência, poderão ser destinadas apenas a empresas que tenham 100% de capital nacional, com cláusulas que assegurem a intervenção soberana do governo e impeçam a sua venda e controle — como já ocorreu no passado e continua agora — por capitais estrangeiros.
Tecnologia compra-se lá fora, quando existe dinheiro, sem ser preciso entregar uma única ação aos concorrentes. Além disso, a presença de empresas da Europa e dos Estados Unidos na composição acionária das futuras “superbélicas nacionais” irá impedir que essas empresas possam comprar tecnologia dos nossos parceiros nos Brics — como a Rússia, a China e a Índia — caso não haja interesse de países como a França ou a Itália em fornecê-la. 
É preciso romper o cerco ocidental à indústria brasileira de defesa. Estamos assinando acordos que equivalem a entregar a alma ao diabo. A nossa indústria bélica deve nos defender. O exemplo do que houve com a Argentina, no caso das Malvinas, basta.

sexta-feira, 28 de novembro de 2014



              O ESTATUTO DO DESARMAMENTO GARANTE A                                       SEGURANÇA DO BANDIDO.

terça-feira, 18 de novembro de 2014



Partidos tentam barrar decreto bolivariano de Dilma
Nove bancadas assinaram proposta na Câmara para tentar suspender os efeitos do decreto presidencial que pode mudar a ordem constitucional
Presidente Dilma Rousseff lança programa que visa a levar médicos para interior e regiões metropolitanas do país
LIMITES – Nove partidos no Congresso querem barrar decreto autoritário de Dilma (Fernando Bizerra Jr./EFE)
O decreto bolivariano número 8.243/2014, assinado à surdina pela presidente Dilma Rousseff na semana passada, não caiu bem no Congresso Nacional. Nesta terça-feira, nove partidos resolveram se unir para tentar impedir o avanço da medida destinada a aparelhar órgãos públicos e entidades da administração federal direta e indireta com integrantes de “movimentos sociais”, conhecida massa de manobra do PT.
Na Câmara, nove legendas – DEM, PPS, PSDB, Solidariedade, PR, PV, PSD, PSB e Pros – assinaram um pedido para votar, em regime de urgência, um decreto legislativo que anule os efeitos do decreto presidencial. Embora a transferência de votos não seja automática, juntas, as agremiações contabilizam 229 dos 513 deputados – são necessários 257 votos para aprovar um decreto legislativo. A decisão de colocar a proposta em votação cabe ao presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que ainda não se manifestou. No Senado, os partidos de oposição também tentam suspender o texto presidencial.
O decreto para instituir um canal paralelo de poder, antiga pretensão petista, foi assinado por Dilma (Decreto 8.243/2014) no último dia 23 de maio. No papel, determina a criação da Política Nacional de Participação Social (PNPS) e do Sistema Nacional de Participação Social (SNPS). Na prática, prevê a implantação de “conselhos populares”, formados por integrantes de movimentos populares, vinculados a órgãos públicos. Tudo sob a tutela do ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência da República).

Reinaldo Azevedo: 
Dilma decidiu extinguir a democracia por decreto

O texto bolivariano ataca um dos pilares da democracia brasileira, a igualdade dos cidadãos, ao privilegiar grupos alinhados ao governo. A Constituição brasileira estabelece que os cidadãos têm direito à livre manifestação por meio de eleições diretas. “A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: I - plebiscito; II - referendo; III - iniciativa popular”, diz o artigo 14 da Constituição de 1988.
O decreto de Dilma, porém, é explícito ao justificar sua finalidade: “consolidar a participação social como método de governo”. Um dos artigos quer estabelecer, em linhas perigosas, o que é a sociedade civil: “I – sociedade civil – o cidadão, os coletivos, os movimentos sociais institucionalizados ou não institucionalizados, suas redes e suas organizações”. Ou seja, segundo o texto de Dilma, os movimentos sociais – historicamente controlados e manipulados pelo PT – são a representação da sociedade civil no Estado Democrático de Direito. Nesse sentido, são autoexplicativos os afagos do governo federal a militantes do MST e grupos baderneiros de índios e sem-teto após protagonizarem cenas deploráveis de ataques a prédios públicos, privados e à polícia.

“A presidente tenta subtrair os Poderes do Parlamento brasileiro. É o mesmo modelo ideológico que se propôs para a Venezuela e para Cuba e que agora estão tentando trazer aos poucos ao Brasil. Temos que resistir a isso porque o Parlamento é o foro da sociedade brasileira. Esses conselhos subtraem a democracia porque são um aparelho do PT. Não podemos fazer que eles passem por cima da lei e caminhar pela estrada mais triste, que é o caminho antidemocrático que o PT está propondo. Isso vai acabar no STF”,  diz o líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR). “Dilma quer criar uma estrutura paralela de poder e dividir o cidadão em 1ª e 2ª classe”, afirma o líder do DEM, deputado Mendonça Filho (PE).

segunda-feira, 17 de novembro de 2014


INDIGNAÇÃO DE UM MINEIRO
  Excelente texto de um mineiro. Vale a pena ler!!! Recebido de um mineiro:
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"Sou Mineiro, mas hoje sinto vergonha de Minas Gerais e muito orgulho de Mato Grosso!
Não adianta. O fato da eleição é este. Os mineiros nos apontaram uma esperança para, em seguida, derrotar o nosso sonho. Não a totalidade dos mineiros, mas uma parte dos nossos irmãos outrora inconfidentes cometeu um terrível erro histórico, que custará muito caro ao resto do país. Os números não mentem, só mostram verdades inconvenientes.
Primeiro ponto: se Aécio Neves tivesse feito 62,76% em Minas Gerais estaria eleito presidente do Brasil. Teria feito 1.731.000 votos a mais e, evidentemente, tirado 1.731.000 votos de Dilma Rousseff.  Ela terminaria a eleição totalizando 52.770.000 votos. Ele somaria 52.772.000 votos, sendo eleito presidente da República.
Segundo ponto: Minas, mesmo assim, ainda teria dado menos votos ao mineiro Aécio Neves do que São Paulo, onde 64,31% dos paulistas sufragaram o tucano, dando um exemplo de maturidade política e de desapego a regionalismos. E mesmo em meio a uma enorme crise hídrica, causada pela falta de chuvas. Que crise Minas enfrenta para dar uma punhalada nas costas do seu mais dileto filho, esperança de metade do país em dias melhores? Nenhuma.
Terceiro ponto: não foram todos os mineiros que derrotaram Aécio, porque ele recebeu 48,36% dos votos no estado. Como precisaria de 62,76%, apenas 14,40% foram os responsáveis pela derrota do seu maior político. E, certamente, estes 14,40% não vivem de Bolsa Família, não moram no Vale do Jequetinhonha, não são pobres coitados que teriam motivos, por uma campanha suja e nojenta feita pelo PT, para não votarem em Aécio com medo de perder seus benefícios. Com toda certeza também não fazem parte do tradicional voto partidário petista. Mais certo é que façam parte da tradicional família mineira.
Portanto, nós brasileiros, não devemos culpar os nordestinos ou os beneficiários de programas sociais pela derrota de Aécio Neves. Pelo menos antes de condenar esta pequena parte de mineiros que não são petistas, que não são bolsistas, mas que devem carregar em si alguma herança genética de Joaquim Silvério dos Reis ou mesmo do carrasco que enforcou Tiradentes.
A profunda tristeza que estava marcada no rosto de Aécio Neves, ontem à noite, não foi motivada por brasileiros. Estes só lhe deram alegrias. Foram estes mineiros, estes poucos mineiros que apequenaram a História de Minas e sangraram o seu coração. Carlos Drummond de Andrade, o mais mineiro de todos, escreveria ontem para Aécio: Nossa dor não advém das coisas vividas,  mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram. Aécio sonhou, mas Minas não se permitiu cumprir.
Dói. Dói demais da conta."
 
A CASA CAIU!!!
12 senadores, 49 deputados e 03 governadores, todos do PT, já foram INCRIMINADOS na delação premiada do ex-diretor da Petrobras Paulo Eduardo Costa, preso e apavorado com o risco de pegar mais de 40 anos de cadeia.
Este governo por meio de seus políticos roubavam mais de 03% de TODOS os contratos sob sua responsabilidade, desde 2003 até os dias de hoje!
Só a refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, tem preço final de R$ 40 BILHÕES, implicando numa PROPINA de R$ 1 BILHÃO E 200 MILHÕES.
O MENSALÃO será considerado apenas um troco, comparado ao ROMBO dentro da Petrobrás!
A VERDADE está chegando na HORA CERTA! PT em pânico. Lula convoca  reunião de emergência em SP. Rui Falcão está desesperado. Reunião no Planalto.
"O POVO ESTÁ DORMINDO. NÓS ESTAMOS ACORDADOS. NÓS COMPANHEIROS DA INTERNET SOMOS VERDADEIRAMENTE UNIDOS,
PARA FAZER O QUE NUNCA ANTES FOI FEITO NESSE PAÍS: "OU A CORRUPÇÃO PARA, OU NÓS PARAMOS O BRASIL!"
SEJA PATRIOTA: Passe adiante...
Se cada pessoa passar para10 amigos de setores diferentes no 6 (sexto) repasse atingimos 5 milhões de usuários . Vamos tirar 5 minutos para mudar o Brasil , faça sua parte!
Em 1ª Mão
Audio completo do depoimento de Paulo Roberto Costa
Parte 1: https://t.co/7xt27Xa7wv
Parte 2: https://t.co/qR00rMLL7y
Parte 3: https://t.co/aqCmsxnLYa
COMENTÁRIO GEOPOLÍTICO 209, de 12 de novembro de 2014

Assuntos
No Mundo:  Shale Gás, Estado Islâmico e Gayzismo
No nosso País: Impeachment?, Perspectivas, Esperanças e desesperanças e Separatismo

No Mundo
Os EUA fizeram recentemente uma venda de petróleo bruto para a Coréia do Sul.  Muitos viram o fato como indício de que o shale gás seria um sucesso, que os EUA  seriam novamente exportadores de petróleo.  Entretanto, talvez seja apenas uma operação de guerra comercial para baixar o preço e quebrar a economia da Rússia, Irã, Venezuela e de outros exportadores que lhe são hostis, mesmo com sacrifício momentâneo. Quem sabe?
  

 
O Estado Islâmico (ISIS) já demonstrou que não será facilmente dominado. Com seu barbarismo sem limites nos dá ímpeto de nos aliarmos aos EUA em uma nova Cruzada, mas temos algumas indagações: Como podem os terroristas do Estado Islâmico (ISIS) vender petróleo no mercado internacional, tão controlado por Washington? Haverá alguma aliança secreta entre eles? O que há por trás  disto tudo?

 

Como todos sabem, o comunismo (ou marxismo) tem como alvo central a extinção da propriedade privada. Na leitura marxista, a família tradicional monogâmica (homem, mulher e filhos) é a causa do surgimento da propriedade privada, é o que Engels escreveu em seu livro "A origem da família, da propriedade privada e do Estado.” Em consequencia, para eles, a instituição da família deve ser destruída.

 Deu para perceber a origem do “gayzismo” militante? Não é bem coisa de gays, esses preferem a privacidade. É coisa de comuna mesmo.


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No nosso País


Impeachment?
Aparentemente derrubar um Presidente filiado ao maior partido do Congresso não seria fácil, mas não se trata apenas dos 48% dos votos da oposição, mas também da “rebelião” do PT e da base aliada na Câmara, apavorada com os desdobramentos da Operação Lava-Jato  que tudo indica, tem potencial para implicar uma centena de deputados do governo e uns quantos da oposição.
Muito do que está impulsionando o “impeachment” tem intenção de forçar a Presidente a brecar as investigações, coisa que ela não conseguiria fazer e talvez, nem deseje já que nunca se afinou muito com a turma do Zé Dirceu. Somando os “rebelados” com boa parte da oposição que prefere afundar o País a ficar por mais quatro anos fora do governo, fica fácil prever que haverá embates no Congresso, como também na  opinião pública, pois a sabotagem da economia pela oligarquia financeira, com os investimentos secando e a mídia promovendo o pessimismo,  tende a conferir legitimidade ao afastamento da Presidente. O STF até poderia tentar barrar um impeachment, mas a falta de credibilidade faz com que, mesmo com legalidade, lhe falte legitimidade.
Nem tudo ficaria bom. Um processo de impeachment poderia demorar meses para tramitar. Os negócios seriam paralisados por conta da incerteza à espera do desfecho, afundaria ainda mais a economia e poderia trazer outros efeitos colaterais inconvenientes para a politicalha, incluindo convulsões sociais e o “quem” assumiria o governo, que acabaria nas mãos dos militares, os únicos com credibilidade. Só neste caso os corruptos teriam o que merecem.

Perspectivas

A suspeita de fraude vinha de antes da eleição e se fundamentava pelo passado partidário de influentes pessoas do TSE, de qualquer forma, a intensa campanha ampliou a suspeita, deixando prever que uma derrota não seria aceita pela oposição. Salta aos olhos a analogia com a situação política de 1930.

Afinal, teria havido fraude? Certamente. Provavelmente tem havido fraudes em todas as eleições em nosso País. É claro que fraudes muitas vezes podem não ter sido decisivas, mas sempre houve e talvez tenham sido reduzidas na medida em que se aprimoraram os métodos de fiscalização. A eleição está terminada. Preocupante é que poderá acontecer no futuro próximo, pois parece evidente que as dificuldades do novo período governamental serão imensas. Para reconquistar o apoio da população Dilma terá que reiniciar para valer faxina que uma vez ensaiou e interrompeu em nome da “governabilidade”, mas isto jogaria os sanguessugas aliados e partidários nos braços da oposição, o que resultaria em impeachment certo. Poderia ela talvez apoiar-se nas Forças Armadas pedindo-lhes apoio (intervenção a pedido de um dos três poderes, conforme a Constituição), mas como faria isto enquanto apóia a revanchista Comissão da “Verdade”? Ela teria que enfrentar com força e firmeza as invasões do MST e dos movimentos indigenistas, teria que dar um basta no excesso de ambientalismo que trava o progresso, mas como faria isso contra as proprias bases de seu partido? E com as dificuldades econômicas causadas pela queda de preços das nossas commodities somadas as dificuldades impostas pelas oligarquias financeiras internacionais, que fará a economia declinar e aumentará o nível de desemprego?  Isto provavelmente colocará  a população contra o Governo reforçando o setor da oposição que não aceita acordos.
Enquanto isto, com o governo enfraquecido e o País convulsionado, as pressões estrangeiras para a tomada dos recursos naturais e até mesmo para a independência das áreas indígenas terão reforçadas as condições para desmanchar o País que juramos defender.

Esperanças

Se o País conseguir se equilibrar até lá, já a partir do segundo semestre de 2015 começarão a entrar em funcionamento grandes obras como a transposição do São Francisco; as Hidrelétricas de Belo Monte, de Jirau e de Santo Antônio; a expansão de metrôs, dezenas de pontes, grandes trechos da Ferrovia Norte Sul; ampliação e modernização de vários aeroportos e de portos, de plataformas de petróleo e até a refinaria Abreu e Lima, que, se controlada a roubalheira, será a mais moderna do país.

O futuro senador Antonio Reguffe (DF) prometeu na campanha que não usaria o carro oficial com motorista se eleito. Como deputado já não tinha assessorias e não aceitou receber auxilio Moradia nem os 14° e 15°  salários.
A editora Capax Dei lança o magnífico livro “Como se Constrói uma Nação” Vale a pena ler. Telefax 21 25103656

Desesperanças
Prisioneiro da base parlamentar, governo tende a caminhar para a mesmice.
Enquanto no plenário do Senado, o senador Aécio Neves fez duro discurso condicionando a aceitação do diálogo à apuração e  punição dos crimes  do Petrolão, numa reunião dos dirigentes do PT e PSDB, ficou combinado assim: “Vamos excluir os agentes políticos e os citados nas delações premiada. Todo mundo concordou, e os grandes acusados, mais  envolvidos no Petrolão sairão livres da CPI. Nem ouvidos serão, sejam eles do Governo ou da Oposição. Punição? – Não, pizza.

De juros e encargos da dívida em 2013 o nosso Brasil pagou R$ 156 bilhões. Com os juros dos mais altos do mundo, só em 2014  pagamos R$ 825 bilhões credores da dívida, o que equivaleu a 51% dos gastos públicos até 9 de setembro de 2014.
É infantil acreditar que juros altos controlem a inflação,eles apenas encarecem a produção. Ainda temos a remessa de lucro, que em 2013 alcançou quase US$ 40 bi.  Não pode dar certo, pois não sobra recurso algum para investimento. As despesas com o assistencialismo e mesmo com a corrupção desenfreada se eclipsam diante do montante de jurosNossas veias estão abertas. A fortuna que sai do Brasil anualmente está impedindo que a maior parte da riqueza gerada pelo nosso trabalho e pela generosidade do nosso solo (incluindo as jazidas minerais, que dão “uma safra só”) seja empregada no desenvolvimento humano e social, que deveria ser o verdadeiro objetivo da atividade econômica. 

 

Noventa e seis quilombolas reivindicam área maior do que Sergipe na Amazônia, cada quilombola teria uma área de 45 parques Ibirapuera, A área reivindicada pertence ao parque ecológico do Jaú, portanto é uma área inútil enquanto for vedada a exploração econômica.  Só para comparar, na Raposa/ Serra do Sol, cada índio dispõe de “apenas” meio Ibirapuera.
É um festival de absurdos, mas ao menos nenhum quilombola falou , até hoje, em independência como uns quantos índios incitados pelas ONGs o fazem.

Ainda nos anos 80, a jornalista belga Cláudia Andujar maquinou a farsa da nação ianomâmi e o governo federal desencadeia uma operação secreta de espancamento de garimpeiros para contentar as pressões anglo-americanas. Já neste século a rendição do governo às exigências estrangeiras foi ainda mais grave, pois retirou a força os brasileiros que secular e legitimamente e cultivavam a terra na Raposa-Serra do Sol e para a criação dessa reserva utilizou laudos fraudulentos conjugados à violência terrorista. Agora, temos nova farsa em estado de gestação: a nação Cué-Cué Marabitanas entre a ianomâmi e a S. Marcos, (esta colada na Raposa), em conjunto abrangendo praticamente toda a fronteira Norte. O arco indigenista de 3.000 km de extensão se fecha sobre a Amazônia, exatamente sobre a área mais mineralizada do mundo.

            O que se pode deduzir da manobra indigenista, com pleno apoio da Funai e do Cimi e de milhares de ONGs, tanto nacionais quanto estrangeiras, o problema no norte de Roraima e Amazonas é muito mais grave do que imaginamos. Estamos ameaçados de perder um território precioso e enquanto isto ficamos discutindo reeleição ou não e financiamento público de campanhas políticas.
 Brasil, desperta!
 

Petrobrás

A campanha pela nossa autonomia no campo do petróleo foi das mais polêmicas da história A partir. de 1947 o país dividiu-se entre aqueles que achavam que o petróleo deveria ser explorado por uma empresa estatal brasileira os que defendiam que deveria ser  explorado por empresas privadas, estrangeiras ou brasileiras. Os nacionalistas argumentavam que se o Brasil não criasse uma empresa estatal, aquele produto estratégico para o desenvolvimento econômico, seria oligopolizado pelas grandes corporações internacionais. Pelo país afora os debates se ascenderam. A campanha nacionalista foi liderada pelo escritor Monteiro Lobato.

Em 1953 encerrava-se uma CPI que desvendou centenas de assassinatos, ligações ocultas da ESSO com políticos e as propinas pagas a colaboradores que a ajudaram a ocultar por duas décadas a descoberta do petróleo. A ESSO recebera fortunas para pesquisar o petróleo no solo brasileiro. Mapeou o petróleo do Recôncavo, mas negou a sua existência por 20 anos. Os nacionalistas, a favor do monopólio estatal, foram taxados de comunistas pela grande imprensa que defendia os interesses privatistas, mas mesmo assim a oficialidade do Exército mostrou-se simpática a estatização do petróleo,. Finalmente, depois de uma batalha parlamentar de 23 meses, o Senado terminou por aprovar a criação da Petrobrás, sancionada por Vargas em outubro de 1953.   
Sob ataques, a Petrobras:  quase virou  Petrobrax . FHC encaminhou ao congresso a alteração do estatuto da Petrobras para possibilitar a posse de um presidente estrangeiro (Reischtull), que colocou cerca de 35% das ações da Petrobras a baixos preços na bolsa de Nova Yorque, fazendo um início de “desnacionalização" . Entre 1996 e 2002 a Petrobras  teve a terrível baixa nos quadros de funcionários. Cerca de 15 mil profissionais experientes, pressionados por ameaças de demissões, saíram em  desligamentos voluntários, desmontando a estrutura organizacional. Forçada pelo genro David Zilbersztajn ( presidente da ANP)  "  a Petrobras teve que entregar para a ANP os mapas do petróleo que a empresa lutou mais de 40 anos para obter e a investiu bilhões nas descobertas e os mapas foram dados de graça para as companhias estrangeiras, que compraram os blocos a preços de banana nos leilões dos blocos petrolíferos. Mais um pouco de tempo daquele governo a Petrobrás teria o mesmo destino da VALE – a desnacionalização.
Durante os governos do PT diminuiu significativamente as desnacionalizações, mas iniciou a era das grandes corrupções e gestão deficiente. Entretanto, a Petrobrás tem avançado e ainda há muito idealismo em seus quadros. Na gestão de Graça Foster, contra as expectativas, alguns dos malfeitos vão sendo corrigidos. A exposição das milionárias corrupções claro que lhe abalou a credibilidade, mesmo assim tem seguido avante.
A guerra contra a Petrobrás tem sido contínua, mas ao que pesem os superfaturamentos, fez muitos investimentos para se preparar para o pré-sal. Ultrapassará a atual crise e as extrações de Petróleo devem se quadruplicar nos próximos três anos. É importante que não se permita a desnacionalização, especialmente agora que estamos próximos da vitória.

 

Incoerência
Não se comemora a Revolução de 30, movimento popular que rompeu com o atraso da política do café com leite. Proíbe-se comemorar a Revolução de 64, um movimento popular legítimo que elevou o nosso País a uma potência. Certamente se comemorará a Proclamação da República, uma traiçoeira sedição militar que vergonhosa e ilegalmente acabou com o melhor governo que já tivemos e lançou o nosso País no caos, causando diversas revoluções e rebeliões, inclusive genocídios.
Contudo, serve para lembrar que nenhum governo se sustenta sem ao menos o consentimento de suas Forças Armadas. Fiquem cutucando a onça com as falsidades da Comissão da “Verdade”e vejam o que acontecerá.
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Separatismo
É assustadora a força pela implosão do País – Brasil.
Só insensatos duvidam que a união faz a força. Quanto mais dividido um país, mais fraco ele fica.  Os ambiciosos sempre usaram a estratégia de dividir os povos a conquistar Quando o nosso Brasil, vítima da predação comercial, exportava suas mercadorias sob direção das casas comerciais britânicas e tinha as finanças externas e a infra-estrutura controladas por bancos e empresas estrangeiras, não havia pressões para separatismos, mas ao aparecer, com capitais nacionais,  a promissora industrialização depois da Revolução de 1930, começa o fomento ao divisionismo, que aumenta a cada passo que damos em direção a soberania, com ligeiros intervalos como quando precisaram de nossa aliança na II Guerra e na Guerra Fria.
A partir do colapso da União Soviética, desnecessário o nosso apoio, surge outro tipo de pressão: as gigantescas reservas indígenas para se tornarem independentes a longo prazo, visando agora o roubo das fantásticas jazidas minerais de seu subsolo.  Mais de 10% do território já está dividido em áreas indígenas fugindo ao espírito de integração. Reavivam-se línguas pré colombianas no esforço para afastar os diferentes grupos da comunidade nacional 
Esses são os antecedentes do presente tsunami de ambição que leva os pró-imperiais de hoje a fomentar a divisão entre as regiões Norte / Nordeste e o Sul, atribuindo a uns as misérias do País e ao outro o papel de explorador,  quando elas  provêm do modelo dependente, adotado, quando a política passou a favorecer os cartéis transnacionais entretanto, um exame de nossa História mostra que o separatismo não vingará. Separatismo porque votam mal? Quem não vota mal neste nosso Brasil  A gauchada mesmo, volta e meia, coloca um “comunopetista” no governo do estado. Mas lá , Caxias conclamou “Marchemos ombro a ombro e não peito a peito” e quando o estrangeiro ofereceu auxílio aos Farroupilhas recebeu como resposta: “O primeiro soldado de vossas tropas que atravessar a fronteira, fornecerá o sangue com que será asnada a paz de Piratini com os Imperiais. Acima do nosso amor à república colocamos o nosso brio, a integridade da Pátria.
Analisando com profundidade concluímos que as oligarquias financeiras internacionais sabem que não conseguirão separar o Sul do Norte/Nordeste e as pressões visam mesmo é enfraquecer a união nacional para tornar mais palatável a independência indígena. Isto e o acovardamento oficial desarmando as pessoas de bem formam um eficiente conjunto de Operações Especiais capazes de nos amputar a parte do território com as mais ricas jazidas. Eles não conseguirão  seus intentos.

Que Deus nos inspire na luta pela nossa integridade

Gelio Fregapani